Angotic 2018 traz 98 speakers para Luanda
Por dario.andrade em
Ocorreu nesta semana no Centro de Convenções Talatona - CCTA, em Luanda, o Angola ICT Fórum - ANGOTIC 2018, para debater as tecnologias de informação e comunicação no mercado nacional. Na solenidade de encerramento, Manuel Gomes da Conceição Homem, secretário do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação – entidade organizadora do fórum –, prestou informações que revelam a magnitude do evento: durante 3 dias, foram realizadas 21 sessões plenárias e paralelas, com 98 speakers (dos quais 33 convidados internacionais) e 16 moderadores.
Manuel Gomes informou ainda que a preparação para o ANGOTIC 2019 começava hoje mesmo, visto que um público de 4.480 pessoas frequentou o fórum entre terça, quando o presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, esteve no local, e quinta-feira. As discussões paralelas, realizadas pela manhã e à tarde, contaram com uma média de 150 participantes por sala, o que aumenta em muito a responsabilidade do Ministério para a edição do ano seguinte, de acordo com o secretário.
A Jupiter, que busca participar dos principais eventos que tratam do desenvolvimento do país e suas potencialidades de mercado, não poderia deixar de participar. Devido à extensa programação do Fórum, colaboradores de diferentes departamentos da empresa frequentaram o evento, assistiram às plenárias e disputaram um lugar nas concorridas paralelas. Confira abaixo algumas avaliações do ANGOTIC 2018:
Camila Leite, coordenadora de Planeamento e Marketing
“Foi minha primeira experiência no ANGOTIC e fiquei entusiasmada com o porte do evento e os assuntos que foram tratados. Fórum extremamente potencial para networking, prospecções de novos clientes, para além de ser uma fonte rica de novas informações sobre a Tecnologia em Angola e no mundo. Assuntos principais que me chamaram atenção foram referentes a Big Data, Computação Cognitiva, Design Thinking e Mobile Money. Bom também poder ter percebido cenários de alguns segmentos com as Bancas. Pude registrar informações potenciais para interagir com a equipa comercial e avançarmos com estratégias mais direcionadas para as vendas.”
Thiago Araújo, gestor de Conta Comercial
“Foi um evento extremamente interessante, não só pelo networking, mas pelo facto de o conteúdo trazer informações pertinentes à população. Palestrantes passaram informações sobre modelos de negócio, exemplificando como as principais tendências de mercado se tornaram caso de sucesso em outros países, de modo a transmitir uma mensagem de que Angola tem tudo para dar certo. Isto poderá influenciar alguns empreendedores a realizarem novos negócios. O evento também mostrou que, apesar de ter ocorrido nestes últimos anos um certo avanço tecnológico e o surgimento de novos players, startups e jovens empreendedores no país, Angola ainda precisa ser mais aberta na aderência de novas tecnologias e acompanhar a evolução do mercado.”
Cassia Melo, analista de Marketing
"O Angotic 2018 foi marcado pela máxima recorrente nos eventos voltados para tecnologia de que participei em Luanda: a Era Digital já é uma realidade, e o Poder Público e o Poder Privado precisam se unir para apoiar no desenvolvimento educacional e na Inclusão Digital da população. A importância da mudança de cultura e a resistência à mudança para a digitalização de processos e registros materiais também chamaram a atenção no que diz respeito ao papel de cada representante do segmento da Tecnologia. Seja para acções, produtos e serviços para E-Government, seja para o acesso à informação compartilhada, as empresas de Tecnologia estão em um ponto decisor deste processo de mudança ao oferecer soluções inovadoras e adequadas à necessidade de cada segmento – o que é o caso da Jupiter."
Felipe Lenhart, coordenador de Mídias Digitais
“O que mais me chamou a atenção no evento foi a participação, como oradores, de diversos profissionais da área digital, tanto nas plenárias como nas salas de discussão paralela. E algo que praticamente todos eles apontaram como dificuldade para a adoção, em Angola, de serviços e sistemas digitais que já são de uso corrente em grande parte do planeta foi a confiança, tanto dos consumidores quanto de empresas, seja no e-commerce, seja no ambiente cada vez mais fervilhante das aplicações para dispositivos mobile. De facto, a palavra que mais ouvi dos speakers estrangeiros foi ‘trust’. E a outra foi regulação, uma demanda de quase todo o sector tecnológico angolano.”
Graça Gunza, analista de Suporte
“O primeiro aspecto que me chamou a atenção foi a necessidade de o governo angolano criar as condições necessárias para atrair investimento privado para o país, com a criação de infraestrutura e resolver o problema da legislação e da tributação. Também percebi que as organizações precisam adotar sistemas mais flexíveis e funcionais que possam agregar valor à própria empresa e também trazer melhores resultados. Parece-me também que CEOs ou diretores-executivos devem optar pela mudança de paradigma do Design Thinking, que é um modelo mais aberto, integrado e também mais corporativo na busca de melhores soluções para as empresas.”
Vasco Gungui, desenvolvedor
"Depois da Filda 2015, o ANGOTIC 2018 foi o maior e melhor evento de tecnologia do qual tive o privilégio de participar em Angola. Houve uma gama de especialistas nacionais e internacionais abordando diferentes temas, cada um contribuindo com suas opiniões, experiências e insights para aquilo que são as tendências tecnológicas em 2018 e para os próximos anos. Entre os assuntos abordados, os que me chamaram atenção incluem Smart Cities, IoT, e Design Thinking. Foram 3 dias de intensa aprendizem e networking com estudantes, profissionais do sector público e privado e sem deixar de representar o planeta Júpiter, 'que somos todos nós'."